As marcas dos clubes surgiram como uma resposta à redução da oferta das empresas tradicionais, que nos últimos anos têm preferido focar em menos clubes, mas com maior apelo. No caso do América, existe uma dificuldade de encontrar um novo fornecedor de material esportivo, haja vista que a Super Bolla passa por dificuldades. Marcas brasileiras consolidadas como Topper, Penalty e Olympikus, eternizadas em momentos históricos de gigantes do país, também saíram do jogo.
O modelo tradicional, que se mantém nas maiores equipes do mundo, se baseia em uma negociação tripla, entre clube, marca e fábrica. O modelo da marca própria, por sua vez, corta o intermediário, estabelecendo contato direto entre a agremiação e a fábrica, o que, dependendo de cada caso, pode resultar em benefícios financeiros.
Sob marca própria, clubes tem maior liberdade para criar modelos comemorativos ou especiais.
No caso do América, o clube firmou uma parceria com a empresa Escudeto. O Blog apurou que, o clube receberá um percentual sobre os produtos comercializados. Por outro lado, o clube terá que bancar seu enxoval (material usado pelos atletas e comissão técnica). Se não houver um grande volume de vendas, o clube terá que desembolsar o valor do enxoval. As peças repassadas para o clube terão preço de custo.
No modelo tradicional, o clube não corre o risco de ter que bancar seu enxoval, haja vista que a fornecedora de material esportivo fornece o enxoval de forma gratuita e os contratos prevê pagamentos de royalties sobre vendas.
Esse modelo dos clubes pagarem pelo enxoval é uma tendência. Dos cinco parceiros da Adidas no Brasil, o Atlético-MG, Cruzeiro e Internacional pagam pelo material que utilizam e não têm um valor mínimo assegurado. O faturamento com material esportivo depende da venda de produtos e os royalties crescem de acordo com a quantidade de camisas comercializadas. Quanto mais vender, maior a percentual a receber.
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