sábado, 7 de abril de 2018

Funil do calendário: dos 267 clubes de 1ª divisão estadual, 71% jogam só até junho


As Séries A, B, C e D do Brasileiro ganham visibilidade a cada ano, movimentando as maiores torcidas do país. Porém, dos 267 clubes que disputam as primeiras divisões estaduais, apenas 123 (46%, menos da metade) participam desses campeonatos.
A Série D poderia ser uma alternativa para preencher o ano dos clubes, mas das 68 equipes que iniciam a competição em abril, só 32 seguem na disputa em junho e apenas oito (12%) ainda têm compromissos a cumprir em julho. Na Série C, os moldes são semelhantes, com 12 clubes caindo na primeira fase do torneio, encerrada no início de agosto, restando oito na disputa pelo título. De modo geral, as competições disputadas no sistema de mata-mata, que na reta final tendem a ser mais emocionantes, não ajudam a melhorar a situação.
Presidente da Fenapaf (Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol), Felipe Augusto Leite criticou a situação do calendário brasileiro: ” Nós estamos preocupados. Quando chega em agosto, apenas 5% da categoria está em atividade. Dos 68 clubes da Série D, 36 caem no primeiro mês de disputa. O ideal seria estender a competição. A Série D aumentou o número de clubes, mas diminuiu o tempo de trabalho. Então, não resolveu o problema. Muito pelo contrário”.
Embora a Fenapaf defenda que o ideal seria estender o calendário de competições para que os clubes tenham atividade profissional por um período maior na temporada, a diretoria de competições da CBF informou que haveria problemas de planejamento caso as primeiras fases fossem alongadas. A federação dos atletas informou ter enviado um ofício à CBF para que a Série C fosse feita nos moldes das Séries A e B, até o final de novembro. Questionada, a diretoria de competições da CBF disse que analisa o ofício e que pode ser implementado na próxima temporada.
– Para 2018, toda a programação já está definida. A ideia fica para análise e eventual aproveitamento no desenvolvimento do calendário da temporada 2019.
Esta é a segunda reportagem de uma série sobre “bicos” no futebol: jogadores que jogam bola profissionalmente em um período do ano e, depois, desempenham outra atividade remunerada.

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f: blog marcos lopes

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