A bancada da
bola na Câmara dos Deputados vai apresentar na próxima semana um projeto de lei
para tentar acelerar a ajuda aos clubes brasileiros em debate no governo
federal. Será proposto o parcelamento em 20 anos das dívidas com a União,
estimadas em R$ 4 bilhões, e até 90% das parcelas poderá ser quitado com bolsas
para a formação de atletas em esportes olímpicos e investimento em
infraestrutura na base.
O projeto
vai prever a punição de dirigentes que causarem novos rombos nos clubes e
punições esportivas como perda de pontos, rebaixamento e até impedimento de
disputar torneios. Para evitar a caracterização de anistia, no período de um
ano em que governo e clubes discutirão o tamanho da dívida que será parcelada
os beneficiários terão de recolher 2% da receita bruta a título de amortização.
Somente poderão participar de competições após a implementação do programa quem
comprovar não ter mais débitos com a União.
A Timemania
será reformulada aumentando a premiação para os apostadores e passando a
direcionar recursos para a formação de atletas. Uma loteria federal no formato
“raspadinha” também será criada com a mesma finalidade.
O objetivo
da iniciativa é fugir da burocracia interna do Executivo e fazer a discussão
diretamente no Congresso. Segundo os parlamentares envolvidos, o Ministério do
Esporte apoia a manobra. No âmbito do governo, a proposta teria de ser
analisada ainda pela Casa Civil antes de chegar às mãos da presidente Dilma
Rousseff.
O projeto
será apresentado em uma cerimônia com a presença de presidentes de clubes e
federações e terá Jovair Arantes (PTB-GO), dirigente do Atlético Goianiense,
como autor. Uma comissão especial será formada para analisar a proposta em um
mês tendo o ex-jogador do Fluminense Deley (PTB-RJ) como presidente e o
vice-presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF) Vicente Cândido (PT-SP)
como relator. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN),
prometeu ao grupo levar o projeto a plenário ainda este ano. Os deputados
pretendem convidar representantes do Bom Senso FC para debater o tema.
Estadão
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