sábado, 28 de fevereiro de 2015

OAs demite dirigentes do Arena das Dunas

A OAS promoveu mudanças no alto escalão da Arena das Dunas, em Natal. Sem comentar os processos que envolvem a Construtora OAS S.A. que construiu e administra a Arena, através da subsidiária OAS Arenas S/A, a assessoria de imprensa não detalhou os motivos que levaram os executivos Arthur Couto e Carlos Medrado a deixarem seus cargos. Couto ocupava, desde a época da construção do empreendimento, a gerência comercial. Medrado era o gerente de marketing da Arena das Dunas.
Do alto escalão, além do presidente Mauro Araújo, continua o responsável pela área de eventos, Cláudio Bahia. Em resposta ao questionamento sobre os motivos que culminaram com a demissão dos executivos e se haveria a nomeação de novos responsáveis pelos departamentos, a assessoria de imprensa da Construtora limitou-se a dizer que “o processo de gestão é focado em performance, e ajustes são naturais”. A empresa não confirmou se irá extinguir ou não os cargos.   

Questionada, ainda, sobre a possibilidade de venda da Arena das Dunas aos grupos multinacionais AEG Worldwide e Amsterdam Arenas – a possibilidade foi divulgada em um portal de notícias local esta semana - a empreiteira não detalhou possíveis negociações e relatou que “a OAS S.A. continua em negociações com o mercado”. À TRIBUNA DO NORTE,  a AEG Worldwide, que administra arenas nos Estados Unidos e países europeus, informou via e-mail que não mantem vínculo com a OAS. A Amsterdam Arenas, questionada se negociava a compra ou arrendamento da Arena das Dunas, não respondeu à demanda.

A Arena das Dunas
A Arena das Dunas foi o único empreendimento construído para a Copa do Mundo no Brasil em 2014 que não é 100% público.  Ao longo do evento desportivo recebeu quatro jogos da primeira fase, com média de público superior a 30 mil torcedores. Construído através de uma Parceria Público-Privada (PPP), a primeira na história do Rio Grande do Norte, a obra consumiu R$ 423 milhões. Seu custo operacional jamais foi divulgado pela OAS Arenas S.A., administradora do complexo.

Ao longo dos próximos 19 anos, o Governo do Estado do Rio Grande do Norte deverá repassar valores mensais à administradora da praça esportiva. Nos primeiros onze anos, serão aproximadamente R$ 9 milhões mensais. A partir do 12º anos, o valor cai para R$ 2,7 milhões por mês até o 14º ano. Nos últimos três anos de concessão, a monta decresce para R$ 90 mil mensais. Ao fim dos 20 anos de exploração da Arena das Dunas, a OAS deverá ter embolsado, em valores não corrigidos, algo em torno de R$ 1,2 bilhão.

fonte: tribuna do  norte

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