Arruda,
Cidade Tricolor, Ilha do Retiro, CT Wilson Campos, Frasqueirão, Barradão,
Gigante do Agreste, Ninho do Gavião etc. Entre estádios, centros de treinamento
e sede sociais, 15 clubes do Nordeste possuem patrimônios físicos milionários.
Uma forma segura para conseguir mensurar este cenário é através dos balanços fiscais publicados
anualmente. Geralmente, os bens (entre imóveis e móveis) são
contabilizados como ativos, no tópico ‘imobilizado’. Aqui, listo os dados
divulgados em 2018 – ao menos entre os acessíveis na internet, pois clubes como
CSA e Campinense, donos de estádios de menor porte, não exibiram os relatórios.
O
ranking, com quatro clubes pernambucanos nas quatro primeiras colocações, foi
elaborado em duas linhas. Na primeira, o valor bruto do patrimônio, ou ‘valor
de custo’, que considera o investimento dos clubes na aquisição ou construção.
A ressalva é necessária porque o ativo exposto anualmente sofre uma
depreciação, para estimar as vidas úteis de cada bem, com taxas de redução
diferentes: 4% para imóveis, 10% para máquinas, móveis e utensílios e 20% para
veículos. Na prática, nenhum clube se desfaz de imóveis (ou ao menos não
deveria). Um ponto interessante sobre essa depreciação é o caráter meramente
contábil, não relacionado, necessariamente, ao valor real de mercado. Como
exemplo disso, o estádio do Santa Cruz.
Em 2017,
a comissão patrimonial do tricolor encomendou uma avaliação independente do
estádio, sem contar os terrenos do CT Waldomiro Silva, em Beberibe, e CT Ninho
das Cobras, na Guabiraba (ambos sem estrutura). Nesta análise particular, o
Mundão valeria R$ 274 milhões, num aumento de 330% em relação ao balanço
oficial, com a cifra pregada há anos.
Pela
falta de atualização, por decisão do próprio clube, o patrimônio coral ficou
abaixo do Central – cujo estádio fica num bairro nobre de Caruaru, Maurício de
Nassau, sendo avaliado em R$ 88 milhões e costumeiramente sondado por
construtoras. Outro time do interior, o Sete de Setembro, aparece no top ten
regional por causa do estádio – embora hoje dispute a Série A2 do Campeonato
Pernambucano. Saindo do âmbito estadual, o Vitória não reavalia os seus imóveis
desde 2006. O Barradão, por exemplo, aparece com o valor congelado de R$ 10,4
milhões, com as obras no CT do leão da barra estipuladas em 3,7 mi.
O patrimônio segundo o valor de custo
(entre parênteses, os principais bens)*
1º) R$ 175.421.297 – Sport (Ilha do Retiro e clube, 110 mil m²) 2º) R$ 172.240.502 – Náutico (CT de 49 hectares, Aflitos e clube, 41 mil m²) 3º) R$ 96.400.000 – Central (Lacerdão e terreno) 4º) R$ 63.739.000 – Santa Cruz (Arruda e clube, 58 mil m²) 5º) R$ 38.391.000 – Bahia (CTs Fazendão e Cidade Tricolor) 6º) R$ 23.981.250 – Vitória (Barradão, CT e chácara da base) 7º) R$ 18.005.750 – Sete de Setembro (Gigante do Agreste e terreno) 8º) R$ 14.473.927 – América de Natal (terrenos e imóveis) 9º) R$ 10.386.613 – ABC (Frasqueirão e terreno) 10º) R$ 8.019.862 – Ceará (Cidade Vozão e imóveis) 11º) R$ 3.952.393 – Treze (PV e imóveis) 12º) R$ 3.297.760 – CRB (imóveis) 13º) R$ 2.990.648 – Porto (CT de 10 hectares) 14º) R$ 2.265.639 – Fortaleza (máquinas e benfeitorias em imóveis de terceiros) 15º) R$ 1.744.970 – América do Recife (sede) * Entre os clubes acima de R$ 1 milhão, considerando os balanços na web entre 2013 e 2018
1º) R$ 175.421.297 – Sport (Ilha do Retiro e clube, 110 mil m²) 2º) R$ 172.240.502 – Náutico (CT de 49 hectares, Aflitos e clube, 41 mil m²) 3º) R$ 96.400.000 – Central (Lacerdão e terreno) 4º) R$ 63.739.000 – Santa Cruz (Arruda e clube, 58 mil m²) 5º) R$ 38.391.000 – Bahia (CTs Fazendão e Cidade Tricolor) 6º) R$ 23.981.250 – Vitória (Barradão, CT e chácara da base) 7º) R$ 18.005.750 – Sete de Setembro (Gigante do Agreste e terreno) 8º) R$ 14.473.927 – América de Natal (terrenos e imóveis) 9º) R$ 10.386.613 – ABC (Frasqueirão e terreno) 10º) R$ 8.019.862 – Ceará (Cidade Vozão e imóveis) 11º) R$ 3.952.393 – Treze (PV e imóveis) 12º) R$ 3.297.760 – CRB (imóveis) 13º) R$ 2.990.648 – Porto (CT de 10 hectares) 14º) R$ 2.265.639 – Fortaleza (máquinas e benfeitorias em imóveis de terceiros) 15º) R$ 1.744.970 – América do Recife (sede) * Entre os clubes acima de R$ 1 milhão, considerando os balanços na web entre 2013 e 2018
Considerando
o G7 do Nordeste, formado pelos três grandes do Recife, os dois grandes de
Salvador e os dois grandes de Fortaleza, chega-se a R$ 484.058.550. No entanto,
o trio de ferro pernambucano representa 85% disso, com R$ 411.400.799 – os três
possuem estádios centralizados. Já em Salvador o Bahia passou por um processo
de incorporação em 2016, quando o patrimônio subiu 10 milhões, após um acordo
com a OAS sobre a Cidade Tricolor.
Por outro
lado, chama atenção a ausência dos centros de treinamento de Ceará e Fortaleza.
No caso do vozão, o clube ainda está no processo de quitação do empreendimento
– pagou 56 das 72 parcelas, ou R$ 4,4 mi dos R$ 5,7 mi. O blog considerou o CT
no patrimônio do clube – com o valor total do CT na lista acima e o valor já
pago na lista abaixo. A situação é incomum, mas não é exclusiva da capital
alencarina. Em Pernambuco o Sport aparece à frente nos dois rankings mesmo sem
citar o CT de Paratibe em seu patrimônio, pois o utiliza através de aluguel (R$
2,1 mi por 90 anos) a uma organização ligada ao próprio clube rubro-negro.
O patrimônio segundo a depreciação
acumulada até 2017*
1º) R$ 136.164.999 – Sport 2º) R$ 134.489.222 – Náutico 3º) R$ 63.739.000 – Santa Cruz 4º) R$ 37.083.000 – Bahia 5º) R$ 13.168.049 – Vitória 6º) R$ 9.985.781 – ABC 7º) R$ 6.596.598 – Ceará 8º) R$ 2.730.224 – Porto 9º) R$ 1.894.251 – Fortaleza 10º) R$ 1.699.669 – América do Recife * Entre os clubes acima de R$ 1 milhão, considerando os balanços na web em 2018
1º) R$ 136.164.999 – Sport 2º) R$ 134.489.222 – Náutico 3º) R$ 63.739.000 – Santa Cruz 4º) R$ 37.083.000 – Bahia 5º) R$ 13.168.049 – Vitória 6º) R$ 9.985.781 – ABC 7º) R$ 6.596.598 – Ceará 8º) R$ 2.730.224 – Porto 9º) R$ 1.894.251 – Fortaleza 10º) R$ 1.699.669 – América do Recife * Entre os clubes acima de R$ 1 milhão, considerando os balanços na web em 2018
Nenhum comentário:
Postar um comentário